Pelas ruas de Havana | Cuba
Cuba foi dos países que visitei até ao momento que mais me marcou. As duas semanas que passei na ilha foram recheadas de bons momentos, descobertas, experiências novas, imprevistos e aprendizagem - tudo aquilo que se procura com uma viagem. Tudo começou em Havana, a capital, onde os carros típicos dos meados do século XX se misturam com a arquitectura tipicamente colonial, numa cidade preenchida por cores e cheia de vida.
A beleza e singularidade do seu centro histórico valeram-lhe a classificação como Património Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1982. Por estar sob um bloqueio económico por parte dos Estados Unidos há mais de 50 anos não sofreu grandes modernizações, dando a sensação que o tempo parou em toda a ilha.
O cenário é contraditório. Por um lado, as casas e ruas estão muito degradadas; por outro não se vê nenhum sinal de pobreza. Pode parecer confuso, mas passo a explicar: não se vêem pessoas a mendigar e, pelo que nos foi transmitido pelos locais, não existem razões para quem quer que seja viver na rua, já que o Estado providencia as necessidades básicas - habitação, saúde, educação e alimentação essencial.
Por Habana Vieja
Um dos símbolos de Habana Vieja é a Plaza de la Catedral. A Catedral de San Cristóbal, construída durante o século XVIII, domina toda a praça. Consta que aqui estariam os restos mortais de Cristóvão Colombo até aos finais do século XIX, momento em que foram transladados para Sevilha.
Como fica na zona turística da cidade, é muito comum encontrarmos mulheres vestidas com os trajes coloniais típicos, prontas para a foto com o turista. Também é habitual aparecerem (do nada) pessoas sem grande veia artística que decidem começar a desenhar uma caricatura da vossa cara (sem que vocês peçam) e lá vos pedem uma moeda em troca da obra de arte. Nós aceitámos a primeira, mas entretanto ainda apareceram mais dois ou três a fazer o mesmo e aí já recusámos - o truque é dizer não logo no início e não fazer conversa. Apesar das caricaturas ficarem péssimas, têm a sua piada.
Um dos símbolos de Habana Vieja é a Plaza de la Catedral. A Catedral de San Cristóbal, construída durante o século XVIII, domina toda a praça. Consta que aqui estariam os restos mortais de Cristóvão Colombo até aos finais do século XIX, momento em que foram transladados para Sevilha.
Como fica na zona turística da cidade, é muito comum encontrarmos mulheres vestidas com os trajes coloniais típicos, prontas para a foto com o turista. Também é habitual aparecerem (do nada) pessoas sem grande veia artística que decidem começar a desenhar uma caricatura da vossa cara (sem que vocês peçam) e lá vos pedem uma moeda em troca da obra de arte. Nós aceitámos a primeira, mas entretanto ainda apareceram mais dois ou três a fazer o mesmo e aí já recusámos - o truque é dizer não logo no início e não fazer conversa. Apesar das caricaturas ficarem péssimas, têm a sua piada.
Pelas ruas de Havana
Enfim, Havana é uma capital e tal como todas as capitais é confusa e tem muitos contrastes, mas passear pelas ruas é sem dúvida uma das coisas obrigatórias para quem visita esta cidade. Apesar de existirem aqueles autocarros turísticos que passam pelos pontos principais, o percurso não vos dá a mesma visão da cidade - falo por experiência própria, pois também andei num desses.
Havana é bastante segura, não tivemos qualquer alerta relativamente à possibilidade de roubos e digo-vos que fiquei alojada num dos bairros mais pobres da cidade, sem qualquer problema. Apercebi-me disso logo à chegada: no dia em que aterrámos em Havana era já noite cerrada e, até ao local onde ficaríamos alojados, tivemos de apanhar um autocarro (com meia dúzia de gatos pingados) e andar a pela cidade. Claro que não houve qualquer problema. Nas ruas, muitas das portas das casas estavam abertas e podíamos ver as pessoas à frente da televisão ou ainda à mesa, o que transmitiu uma certa sensação de segurança.
Havana é bastante segura, não tivemos qualquer alerta relativamente à possibilidade de roubos e digo-vos que fiquei alojada num dos bairros mais pobres da cidade, sem qualquer problema. Apercebi-me disso logo à chegada: no dia em que aterrámos em Havana era já noite cerrada e, até ao local onde ficaríamos alojados, tivemos de apanhar um autocarro (com meia dúzia de gatos pingados) e andar a pela cidade. Claro que não houve qualquer problema. Nas ruas, muitas das portas das casas estavam abertas e podíamos ver as pessoas à frente da televisão ou ainda à mesa, o que transmitiu uma certa sensação de segurança.
Os cubanos
Os cubanos são pessoas muito simpáticas, afáveis e super conversadoras. Fiquei quase sempre alojada em casas particulares e sempre nos receberam bem. Todos partilharam connosco as suas histórias e opiniões. Aliás, uma das coisas mais interessantes que fiz foi precisamente falar com os cubanos sobre a história recente de Cuba, particularmente com os mais velhos, que conheceram os tempos anteriores à revolução e viveram-na. Aprender com os locais e entender a perspectiva de que vivencia toda a realidade de Cuba - é também por isto que vale a pena viajar.
Curiosidades
Em Cuba a publicidade não existe. Sim, isso mesmo. Enquanto que na Europa estamos habituados a ser constantemente inundados por publicidade (e já estamos tão acostumados que nem reparamos), em Cuba isso não existe. Ao invés, é muito habitual verem-se murais com a representação dos "heróis" da revolução - Che Guevara, Fidel Castro e Camilo Cienfuegos - e frases de ordem, espalhadas tanto pelas paredes como por placares.
Estou a preparar um top de coisas essenciais a fazer/ver em Havana que espero que saia no blog nos próximos tempos. Mas perderem-se pela cidade é o principal conselho que vos dou, pois é a única forma de a conhecerem a fundo - garanto-vos que nunca mais se vão esquecer. E despachem-se a programar essa viagem, porque Cuba está a mudar à velocidade da luz.
Até já,
Ana S.
Ana S.
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Que inveja! Sempre quis visitar Havana :)
ResponderEliminarPerdida em Combate
Vale muito a pena Nádia :) Tem um pouco de tudo - história, cultura, praias... E as pessoas são excelentes!
EliminarEspero que um dia voltes a Cuba... mas com a minha companhia!!! ;)
ResponderEliminarSiiim :)))
EliminarCaramba. Não me canso de ver fotos de Havana, acho que tem uma magia muito especial - nunca lá estive, atenção. As cores, os sorrisos - vejo sempre tantos sorrisos! - fazem-me pensar que às vezes não é necessário termos tudo para ser tão felizes assim. Gotta go there!
ResponderEliminarJiji