5 erros de quem começa um blog (que eu cometi)

  Pode parecer um pouco cedo para escrever um post deste género mas, acreditem ou não, com menos de um mês «de vida» já consegui cometer mais erros do que seria espectável. Apesar de ter lido dezenas de posts sobre como começar um blog, aqui estou eu, a escrever sobre aquilo que fiz de errado. Ok, vamos ser honestos: não foi nada de grave. E até pode ser indiferente para muitas pessoas, como para quem tem um blog de carácter mais pessoal. No entanto, para os que (como eu) gostam de ser lidos, e andam pela blogosfera essencialmente para partilhar e comunicar, estes são cinco pecados (não mortais, mas potencialmente prejudiciais) que não vão querer cometer. Provavelmente muitos já saberão, mas eu tinha de partilhar na mesma. É uma pequena listagem, com algumas das falhas de que me apercebi. Obviamente a lista vai ter tendência a aumentar, mas vamos ignorar este facto.

1. Não estar feliz com o logótipo e mesmo assim utilizá-lo

O logótipo é parte da nossa imagem. É das primeiras coisas com que as pessoas se deparam ao entrar no nosso blog, pelo que tem de ser algo com que nos identifiquemos. Seja ou não pomposo e super elaborado, tem de reflectir os nossos gostos. Como não tenho queda para o design, optei (agora) por simplificar - e creio que é a melhor solução para quem, como eu, não consegue concretizar o seu logótipo de sonho.

2. Escolher um template grátis

Este ponto, tenho a dizer-vos, é daqueles que têm mesmo de evitar - por várias razões. Os templates grátis têm tudo de mau: não são 100% editáveis e mesmo aquilo que é possível alterar, implica um trabalho descomunal. Acresce o facto de não terem qualquer assistência na sua instalação, o que significa que, se não forem experts em html, vão passar horas em frente do computador (horas em que podiam estar a escrever e produzir conteúdo interessante), para terminarem a instalação e edição completamente insatisfeitos com o resultado.

Se é necessário gastarem centenas de euros para alguém fazer o design do blog? Depende. Se estiverem dispostos a pagar e forem muito pouco flexíveis com o que pretendem, é a melhor opção. No entanto, há vários sítios onde encontram templates muito em conta, fáceis de instalar e com boa assistência, como é o caso da Etsy. Escolham o que escolherem, por favor: não utilizem versões gratuitas.

3. Não dar nomes às fotografias

Quando nos apercebemos disto, a primeira ideia que nos passa pela cabeça é "óbvio, como é que eu não tinha pensado nisto?!". Mas a verdade é que até ler um post do 360 meridianos onde referiam esta questão, não tinha sequer pensado no assunto.

Se queremos que o Google "nos" localize, não podemos esperar que com um nome "DSC_01736" ele reconheça o nosso fantástico post sobre a viagem a Roma. Para o vosso conteúdo aparecer nos resultados, ele tem de estar - do título às fotografias - bem definido. Quando me apercebi desta questão (óbvia), lá tive de substituir todas as minhas fotografias por exemplares com nomes decentes ("Veneza 1, Veneza 2", ao invés de DSC_0354, DSC_0387) e efectivamente relacionados com o tema do post. A sorte é que ainda estou no início - caso contrário, imagino que teria sido o pânico.

4. Não aproveitar a página "sobre o blog"

Muitas pessoas optam por inaugurar o blog sem uma página a descrever o mesmo. Eu compreendo perfeitamente, é um texto difícil de escrever, porque acaba sempre por ter um pouco de nós (e ninguém se quer expôr mais do que o necessário neste mundo da internet). No meu caso, não tive problemas em fazer essa página - mas posso garantir que essa página estava cheia de problemas. 

Não que agora esteja perfeita, mais creio que ficou um pouco melhor. Pelo menos quem a ler saberá o que vai poder encontrar aqui, coisa que antes não sabia. Segui essencialmente as dicas da Melyssa Griffin do blog The Nectar Collective - que, acrescente-se, é um blog fantástico, repleto de conselhos e informação valiosa para bloggers.

5. Não utilizar o Google Analythics

Mesmo que tenhas começado o blog ontem, acredita: vais querer o Google Analythics na tua vida. É a melhor ferramenta para compreenderes o blog - desde quem te visita a quanto tempo fica, quem regressa, de onde são, etc etc. Ainda que não conheça todos os seus meandros, perceber o básico já é suficiente. Dou-vos um exemplo concreto: através do Google Analythics, apercebi-me de que quem me visita não fica muito tempo no blog. Isto deve-se obviamente a várias razões: por um lado, tenho pouco conteúdo; por outro, provavelmente a disposição do blog não era a mais correcta para aliciar os leitores a permanecerem. Como não quero que isso aconteça, vou tentar encontrar uma forma de solucionar esta questão. Quando descobrir a pólvora, aviso-vos.

  Esta coisa de ter um blog, apesar de me dar um gozo indescritível, não é tão simples como aparenta. Por vezes sei exactamente o que quero escrever, mas não sai nada - quando isto acontece simplesmente desisto, pois sei que não há nada pior do que escrever sem inspiração. Outras vezes, apesar de ter um calendário com os posts programados, acabo por ter de alterar os planos (este post, por exemplo, não estava previsto - mas como alterei o aspecto do blog, senti que o devia escrever).

Ter um blog é um desafio constante. Escrever para o lado de lá sem saber bem quem nos lê, encontrar um balanço entre o que é a nossa experiência pessoal e aquilo que pode efectivamente ser útil para os outros e, o mais complicado, encontrar a nossa voz, a nossa linguagem. Julgo que são coisas que se vão construindo com o tempo e, apesar de ainda estar em pleno processo de aprendizagem, não podia estar mais entusiasmada.

Até já,

Ana S.