Pirâmides de Gizé, Egipto | Um sonho tornado realidade

   Hoje falo-vos de uma das 7 Maravilhas do Mundo, as Pirâmides de Gizé. Desde criança que sonhava em conhecer estas magníficas ruínas e tive a sorte de poder visitá-las há alguns anos, numa viagem que fiz ao Egipto. Cairo foi o último destino da longa viagem, mas as pirâmides foram sem dúvida o auge da aventura.

Elas impõem-se no momento em que se chega à capital. Recordo-me de chegar de madrugada e ver, entre os primeiros laivos de sol, as grandes pirâmides. Nesse momento correu-me um arrepio e o sono que tinha (consequência de uma noite de viagem num comboio muito pouco confortável), desapareceu por completo. Fiquei frenética, não esperava que fossem tão imponentes - e tudo o que me passou pela cabeça foi "não acredito, existem mesmo". Porque sim, para alguém que sonhava vê-las desde que soube da sua existência, pensa-se muito se esta maravilha da humanidade é real.

 Posso garantir-vos uma coisa: são muito maiores e mais monumentais do que alguma vez imaginaram. Eu própria, tendo visto já várias fotografias, nunca pensei que tivessem aquela dimensão. Conseguem ver as pessoas junto à base da pirâmide, ao fundo, na imagem acima? É indescritível.
Pensar como foi possível que o Homem tivesse construído (ainda que com recurso a escravos, eu sei) tal obra arquitectónica é algo que não consigo entender - que, não se esqueçam, data de cerca de 2500 a.C. (!!) A pirâmide maior (Quéops) é constituída por 2.300.00 blocos de calcário - conseguem imaginar? E não são apenas a estrutura exterior, mas também um conjunto complexo de túneis e câmaras interiores, que se estendem até ao subsolo. Para além de tudo isto, estão rodeadas por vários cemitérios, com tumbas ainda em fase de escavação e, claro, a Esfinge.

A área onde estão as pirâmides é uma grande planície deserta, mas encontra-se praticamente engolida pela cidade do Cairo, em redor. A zona é (ou era, antes de todas as complicações que se instalaram) muito turística e os locais aproveitam-na da melhor forma que podem. Portanto, vão pagar para entrar no recinto e, caso queiram visitar em alguma das pirâmides (cujas entradas são limitadas), também pagam - à parte. Pagam ainda para entrar no museu (onde está exposta a Barca Solar) e penso que só a entrada na esfinge não implica custos (mas não estou certa disto, porque as coisas vão mudando).

Não entrei em nenhuma, e explico-vos porquê. Antes da chegada ao Cairo já tinha estado no Vale dos Reis, onde visitei uma ou duas tumbas. O sufoco foi tal que jurei a mim própria que não repetiria, principalmente nas pirâmides, bem menos arejadas e com corredores mais longos. Posso ter perdido uma oportunidade única, mas não conseguia. São muitos turistas e as áreas muito pequenas, sem qualquer tipo de ventilação, o que resulta num ar muito pesado que, em conjunto com a falta de saídas, pode originar pequenos ataques semi-claustrofóbicos.

Como disse, a zona é muito bem aproveitada para tirar uns bons tostões aos turistas, pelo que vão ter à vossa disposição muitos camelos que dão passeios em redor das pirâmides (de 15 minutos a 1 hora). A experiência é engraçada, mas digo-vos que é preferível explorarem a área a pé, mesmo que experimentem andar nos camelos. Se optarem por fazer isto, esclareçam o preço antes da viagem, porque vão sempre tentar pedir-vos mais e mais. Não cedam, regateiem e, se não ficarem satisfeitos com o valor, digam que preferem negociar com outro vendedor - e o mais provável é que vos façam o preço que pediram.

A souvenir mais fantástica que trouxe do Egipto veio deste sítio: areia junto das pirâmides. Pode não parecer nada de especial, mas para mim tem imenso significado. Guardo-a orgulhosamente num frasquinho junto de outras recordações.  Um dia mostro aqui no blog.

Esta viagem nunca me sairá da memória. Foi muito focada nos pontos arqueológicos ao longo do rio Nilo, nos vários templos e necrópoles, mas foi maravilhosa.

Alguém que já as tenha visitado, ou que as tenha na sua bucket list?

Até já, 

Ana S.