Por aqui... #3

  Mais uma vez vos trago esta rubrica, cujos temas variam, resultando numa autêntica «mixórdia de temáticas». É um misto de interesses e pormenores dos meus dias, coisas que não justificam a existência de um post mas sobre as quais quero escrever e partilhar. Vamos a isso?

1| Num dos últimos fins-de-semana fui finalmente ao Mercado da Ribeira. Tive uma visita de uma amiga muito especial, que resolveu enfim rumar a Sul, e como estávamos esfomeadas e o mercado estava logo ali, lá fomos. Não fiquei impressionada: estava a abarrotar de gente (mas mesmo do tipo impossível de se andar), raros eram os portugueses e consequentemente os preços eram mais caros do que o habitual. Comemos na Honorato e apesar de estar tudo bom, considerei caro para a qualidade do prato que me serviram. Adoro o conceito do mercado, mas julgo que perde um pouco por estar tão descaradamente direccionado para o turismo. Não fiquei com vontade de voltar, mas gostava imenso que o conceito se propagasse a outras cidades.

2| A Rituals é uma marca que me conquistou há já alguns anos, acima de tudo pela sua relação qualidade/preço. Por pouco mais do que gastamos em produtos de supermercado, obtemos uma qualidade bem superior, uma durabilidade impressionante e resultados efectivamente visíveis. Este Creamy Foam Cleanser já é o meu eleito há uns dois ou três anos pois deixa a pele limpa, suave e hidratada. O cheiro suave é simplesmente a cereja no topo do bolo no processo de limpeza da pele. Se conjugarem com o Refreshing Face Toner da mesma marca - cujo stock tenho de renovar - ( e que é, a meu ver e para a minha pele, o melhor tonificante que conheço), vão ficar com a pele a parecer seda!

3| Terminei de ler há relativamente pouco tempo o épico Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley, o mestre de George Orwell, que o influenciou a escrever a grande obra que é o 1984 (que li há uns dois anos). Apesar de ambos serem romances cuja reflexão recai sobre uma sociedade anti-utópica, a forma como o desenvolvem é, a meu ver, totalmente distinta. No Admirável Mundo Novo estamos perante uma sociedade altamente hierarquizada e com níveis extremos de organização, em que o indivíduo é tecnologicamente concebido a pensar e agir de forma padronizada. Não existe liberdade porque em princípio nenhum indivíduo desenvolve personalidade - e, portanto, não tem ambições. Esta sociedade, cujo lema é "comunidade, identidade e estabilidade", seria o culminar de um projecto desenvolvido ao longo de anos por um pequeno grupo que tem a perfeita consciência de como a sociedade era e no que se tinha tornado. Na sociedade de Aldous Huxley todos estão predestinados a desenvolver uma determinada tarefa, ninguém conhece sentimentos como o amor, a tristeza ou a perda - ninguém é verdadeiramente humano. Se ainda não leram aconselho a que corram a uma livraria, porque estão a perder um dos melhores romances do século XX.

4| Se fosse uma pessoa mais paciente, faria pelas minhas próprias mãos muita da roupa que utilizo. Não apenas pelo facto de ser mais económico, mas por ter a possibilidade de ter algo que é exactamente o que pretendo, na medida que preciso - o que muitas vezes é complicado, dado que sou uma gigante de metro e meio. No Verão do ano passado comprei uns quantos tecidos na Feira dos Tecidos com o objectivo de os transformar em kimonos - e finalmente terminei! Não que desse muito trabalho, não - eu é que sou uma autêntica preguiçosa para actividades manuais (a minha mãe bem tenta convencer-me, mas a minha impaciência é mais forte do que a minha vontade de executar as coisas). Porém, dado que fazer kimonos é tão fácil como descascar uma batata (principalmente se tiverem alguém que faça a parte de coser à máquina, que obviamente é o meu caso), consegui fazer três kimonos por menos de 10€! Os padrões são lindos, exactamente o meu gosto e medida e, vamos ser honestos - onde é que eu conseguiria comprar 3 kimonos lindos por 10€?!

Digam-me se já experimentaram ou conhecem alguma das coisas que mencionei! Alguma vez fizeram uma peça de roupa para vocês pelas vossas próprias mãos?

Até já,

Ana S.